Você sabe a diferença entre Lipoaspiração e Lipoescultura?

A famosa e temida gordura localizada é sabidamente uma das queixas mais comuns das mulheres. Abaixo de toda nossa pele apresentamos camadas de diferentes espessuras de células chamadas adipócitos que tem a função de acumular gorduras como fonte energética. Muitas vezes esse acúmulo pode originar verdadeiros depósitos de gordura – a famosa “gordura localizada”, que acaba por distorcer o contorno corporal. Vários fatores podem influenciar essa deposição gordurosa em excesso, como genética, excesso de alimentação calórica e sedentarismo. No entanto, em muitas mulheres, mesmo com dietas balanceadas e exercícios físicos regulares, algumas áreas podem ainda apresentar depósitos de gorduras de difícil resolução, como os “pneuzinhos” na região do abdômen e costas, aumento dos culotes, excesso gorduroso na parte interna das coxas e joelhos, papada, dentre outras.

A lipoaspiração é uma intervenção cirúrgica em que objetivamos a melhora do contorno corporal por meio da retirada desses excessos gordurosos. Com esse procedimento, pode-se, por exemplo, definir a cintura, diminuir o abdômen e as costas, eliminar culotes, bem como reduzir aquela indesejável gordura localizada na região da axila. Este procedimento é, via de regra, realizado por meio da infiltração de líquidos na gordura que facilitam a sua retirada por meio da aspiração desta por cânulas especiais, com diâmetro variando de 2 à 5 mm, inseridas por mínimas incisões na pele de modo a permitir acesso às áreas a serem tratadas. As cicatrizes resultantes de uma lipoaspiração são usualmente mínimas e são planejadas para ficar pouco visíveis e preferencialmente escondidas por trajes de banho. Muitas técnicas com objetivos específicos podem ainda ser associadas à lipoaspiração, como LaserLipo, Lipoultrassônica, Vibrolipo, VaserLipo, dentre outras.

Podemos ainda realizar procedimentos de lipoaspiração com o intuito de retirar quantidades bem menores de gordura, inclusive sob anestesia local, o que se difunde como minilipo ou lipo-light. Na realidade todas essas técnicas nada mais são do que variações de uma lipoaspiração convencional, mas com nomes mais “atraentes”. Assim, toda a lipoaspiração, mesmo com volumes pequenos de gordura a ser retirada, deve ser executada por profissional habilitado e em ambiente adequado, ou seja, bloco cirúrgico devidamente equipado.

Apenas a cirurgia de lipoaspiração, em que a gordura excedente é retirada, ou seja, os adipócitos, é realmente capaz de diminuir de fato a quantidade de gordura localizada, sobretudo em maiores quantidades. Métodos como massagens, drenagens, uso aparelhos dos mais diversos tipos, bem como fantasiosas “lipos sem cortes”, são na imensa maioria das vezes inefetivos, enganosos, ou na melhor das hipóteses transitórios para essa finalidade, uma vez que são em geral incapazes de eliminar esses depósitos de gordura. Esses tratamentos são sim indicados e devem ser realizados para a redução de acúmulo de líquidos e melhora da tonicidade e flacidez da pele, e apresentam excelentes resultados sobretudo no período pós-operatório, mas não substituem em nenhuma hipótese uma adequada lipoaspiração.

O preparo pré-operatório para este procedimento inclui obrigatoriamente uma consulta com o Cirurgião Plástico, momento em que as queixas das pacientes são apontadas, como as áreas em que estão presentes os excessos gordurosos, e o procedimento é detalhadamente explicado. É ainda é realizada uma avaliação do estado geral de saúde, sendo assim questionados doenças e cirurgias prévias, medicações em uso, alergias, dentre outros. Nesta consulta são então solicitados exames pré-operatórios, que podem variar de acordo com cada paciente. São fornecidas orientações pré e pós-operatórias, bem como discutidas possíveis complicações, em nenhum momento prometendo ou garantindo resultados fantasiosos. A sua indicação correta é fundamental para o sucesso do tratamento, pois não pode ser encarada como um método de tratamento da obesidade ou flacidez de pele, mas sim de gordura localizada.

A lipoaspiração é um procedimento cirúrgico extremamente seguro, desde que realizada dentro de critérios técnicos de segurança em cirurgia plástica (link). O perigo não é maior nem menor que qualquer outra cirurgia. No entanto, é consenso, na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que o volume total de gordura a ser retirado por sessão, não ultrapasse a 5 a 7% do peso corporal. Seu cirurgião deverá lhe esclarecer detalhadamente sobre o volume ideal para o seu caso e limites de segurança. Infelizmente a lipoaspiração é erroneamente vista como uma cirurgia perigosa, quando na verdade a imensa maioria dos das fatalidades são atribuídas a procedimentos realizados em locais inapropriados, por pessoas não capacitadas, ou seja, não Cirurgiões Plásticos. Assim, confira SEMPRE se seu médico é realmente Cirurgião Plástico Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Conselho Federal de Medicina.

 

Por Dr. Alexander Hornos
CRM 29199 / Cirurgião Plástico e Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

A importância da cirurgia plástica do nariz

O nariz representa o ponto central de harmonia da face. Suas imperfeições de tamanho, formato e posição acabam por acarretar um prejuízo fisiológico e também da estética facial. Portanto, deve receber atenção especial, não apenas pela beleza que representa, mas também pela importância funcional (respiração).

A rinoplastia ou cirurgia plástica do nariz, quando realizada com técnica apurada e com senso estético por parte do cirurgião, traz benefícios imensuráveis, proporcionando uma marcante melhora no bem-estar e autoestima dos pacientes.

Podemos dividir conceitualmente a rinoplastia em duas correntes, a chamada “redutora”, e a técnica mais moderna chamada “rinoplastia estruturada”. Tradicionalmente, a rinoplastia clássica ou redutora baseava-se na resseção das cartilagens nasais e redução do esqueleto osteo-cartilaginoso, buscando sempre como objetivo um nariz pequeno e bem arrebitado, quase padronizado, nem sempre em harmonia com o rosto do paciente – o famoso “nariz de plástica”.

Modernamente, a “rinoplastia estruturada” representa uma nova abordagem, que objetiva a individualização do procedimento cirúrgico, por meio de estudos da harmonia facial levando em consideração as características próprias de cada paciente e medidas faciais. A diferença da segunda para a primeira é exatamente não objetivar apenas a redução do arcabouço nasal, mas sim o remodelamento de aspectos inestéticos do nariz por meio da reestruturação interna do mesmo. Assim, buscam-se resultados mais previsíveis e duradouros, por meio de uma série de técnicas. Neste procedimento aspectos funcionais como desvios septais e hipertrofia de cornetos são concomitantemente tratados com a parte estética.

 

A atuação pode se dar por inúmeras abordagens, como por exemplo:

REFINAMENTO DA PONTA NASAL: Nos casos em que o paciente apresenta a ponta nasal grossa, larga, bulbosa, arredondada, sem definição ou assimétrica, a cirurgia objetiva o tratamento e simetrização das cartilagens, reorientação das porções desviadas, simetrização e refinamento da ponta.

AUMENTAR / DIMINUIR A PROJEÇÃO DO NARIZ: Podemos atuar sobre a projeção da ponta nasal, utilizando enxertos estruturais obtidos do próprio septo nasal, objetivando assim um ganho naqueles pacientes com deficiência de projeção, que apresentam a ponta recuada em relação ao dorso, ou ainda recuar a ponta nos casos de nariz hiper-projetados, corrigindo e reorientando as cartilagens nasais.

ENCURTAR UM NARIZ MUITO LONGO: Com a rotação e estruturação da ponta do nariz, objetivamos encurtar o nariz demasiadamente longo e torná-lo mais adequado à face do paciente.

EQUILIBRAR A RELAÇÃO DORSO-PONTA: A relação entre a altura do dorso e a projeção da ponta do nariz é o que determina um perfil belo e harmônico. Idealmente, buscamos manter a ponta em posição de maior projeção em relação ao dorso, de modo que a ponta do nariz tenha o destaque principal no conjunto.

CORRIGIR A QUEDA DA PONTA NASAL AO SORRIR: “Gosto do meu nariz, mas sempre que saio sorrindo em uma foto a ponta mergulha para baixo…” Esta é uma queixa muito comum, de pacientes que, embora gostem do seu nariz quando em repouso, queixa-se da queda da ponta quando sorri, o que é provocado pela ação do músculo depressor da ponta nasal. Com a cirurgia, objetivamos tratar esta musculatura e estruturarmos a ponta para evitar a sua queda ao sorrir.

REBAIXAR E RECOMPOR O DORSO: Com a rinoplastia estruturada aberta, objetivamos rebaixar o dorso o quanto for necessário para buscar o seu equilíbrio com a ponta nasal, permitindo ainda a reconstituição das válvulas nasais, aprimorando a função respiratória e o influxo de ar.

CORRECÃO DO DESVIO DE SEPTO: A exposição do septo nasal nos permite buscar a correção de eventuais desvios septais, bem como fortalecer sua estrutura com enxertos expansores que aumentam a função respiratória.

ESTREITAMENTO DA BASE ÓSSEA: Com o osteotomia (fratura dos ossos nasais), objetivamos estreitar a base óssea do nariz, obtendo um dorso mais estreito e proporcional a face do paciente.

TRATAMENTO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA: Grande parte das disfunções respiratórias do nariz advém dos defeitos das válvulas nasais, sejam estes decorrentes de desvios septais, baixa resiliência das cartilagens ou por ressecção exagerada nos casos de sequelas operatórias. Com a cirurgia, procura-se reconstituir, fortalecer ou reorientar esta válvula, aprimorando a função respiratória. Déficits provenientes de formações ósseas como esporões ou hipertrofia de cornetos também podem ser tratados.

ESTREITAR A BASE DO NARIZ: Naqueles casos de nariz com base larga, podemos projetar a ponta e estreitar a base das asas nasais, na busca de um nariz com um formato mais piramidal, refinado e harmônico.

PREVENIR AS SEQUELAS DE RINOPLASTIA: Estruturando as cartilagens ao invés de enfraquecê-las, objetivamos a prevenção da deformação das cartilagens pela ação cicatricial tardia.

RINOPLASTIA SECUNDÁRIA: Objetiva reverter ou mesmo melhorar casos de cirurgias de nariz prévias.

 

Embora a rinoplastia redutora ainda seja uma técnica muito utilizada e em mãos habilidosas permita resultados interessantes, modernamente a rinoplastia estruturada, por permitir resultados mais previsíveis e harmoniosos, vem assumindo papel de destaque, sobretudo no Estados Unidos, país com tradição inigualável neste tipo de cirurgia, e mais recentemente também no Brasil, uma vez que nos permite um tipo de abordagem até então inexistente na rinoplastia tradicional. O grau de refinamento que pode ser obtido com esta cirurgia a torna, ainda que muito mais trabalhosa, muito gratificante para o paciente e para o cirurgião que a conduza com dedicação.

Saiba como resolver o problema de “orelhas de abano”

A presença de orelhas em abano decorre de uma alteração congênita do formato, relevo ou mesmo da posição das orelhas, fazendo com que estas fiquem muito aparentes, trazendo considerável prejuízo para a harmonia facial.  Por ser uma alteração congênita, é muito comum ser transmitida geneticamente, assim pais com orelha em abano apresentam maior possibilidade de terem filhos com a mesma alteração.

Apesar de não acarretarem alterações fisiológicas ou funcionais, ou seja, a audição nesses casos é perfeitamente normal, tais deformidades da orelha proporcionam considerável prejuízo estético. A presença de orelhas em abano pode causar ainda traumas psicológicos, distúrbios comportamentais e restrição do convívio social, sobretudo em crianças e adolescentes, por serem frequentemente vítimas de apelidos ou mesmo bullying. Estudos apontam que os problemas psicológicos sofrido por estes pacientes na infância relacionam-se com piora da qualidade de vida, resultando em pior desempenho na escola, inseguranças e baixa autoestima, dentre outras alterações comportamentais.

Otoplastia é a cirurgia que corrige as orelhas em abano. Este procedimento cirúrgico é realizado através de várias técnicas que esculpem e modelam as cartilagens da orelha, corrigindo assim esta alteração com resultados muito naturais. Atualmente as técnicas utilizadas permitem uma recuperação extremamente rápida, muitas vezes propiciando o retorno às atividades habituais em até 48h. O procedimento deve ser realizado em bloco cirúrgico, podendo ser executado com anestesia local, com ou sem sedação. A cicatriz resultante fica posicionada no sulco presente atrás da orelha, e se torna, via de regra, praticamente imperceptível.

Atualmente existe consenso que podemos realizar esta cirurgia em crianças a partir dos 6 ou 7 anos de idade, uma vez que a orelha está praticamente formada, período que coincide com o início da fase escolar, época em que apelidos indesejáveis são criados pelos colegas de escola e que podem trazer traumas psicológicos futuros.

Assim, apesar de a otoplastia poder ser realizada em qualquer idade no adulto, quanto mais precoce for realizada na criança melhor, pois evita traumas psicológicos, baixa autoestima e, em casos mais extremos, bullying. Procure o auxílio de um Cirurgião Plástico devidamente qualificado e Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para maiores informações.

Por Dr. Alexander Hornos
CRM 29199 / Cirurgião Plástico e Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica

Conheça algumas técnicas de melhora de contorno corporal

A Cirurgia Plástica dispõe de inúmeras técnicas que objetivam a melhora do contorno corporal buscando harmonia, beleza, satisfação e principalmente melhora da autoestima das pacientes submetidas a esses procedimentos cirúrgicos. O entendimento atual é o de que devemos sempre almejar uma melhora global do contorno corporal, não apenas indicando procedimentos cirúrgicos isolados, mas sim complementares e que visem à melhora das regiões do corpo que trazem algum tipo de insatisfação para os pacientes. Dentre esses procedimentos, destacam-se a lipoaspiração e a lipoescultura.

A Lipoaspiração é um procedimento cirúrgico através do qual o tecido gorduroso é retirado de várias partes do corpo por meio de pequenas incisões na pele seguidas de sucção por cânulas de diminutos diâmetros. A Lipoescultura, por outro lado, consiste no aproveitamento da gordura aspirada, após o preparo adequado da mesma, conhecido como “enxertia de gordura”, para o tratamento de retrações cicatriciais, preenchimento de sulcos e rugas, e aumento de volume e melhora do contorno glúteo.

Esta combinação de técnicas apresenta especial indicação e excelentes resultados na modelagem do contorno corporal posterior. Comumente as pacientes se queixam do acúmulo de tecido gorduroso localizado na barriga e principalmente nas costas, com pouca definição da cintura, muitas vezes com os temidos e conhecidos “pneuzinhos”, que ficam ainda mais salientes com o uso de calças de cintura baixa. São também frequentes as queixas de pouco volume do bumbum, muitas vezes com depressões em suas laterais, como se o harmonioso e belo contorno arredondado que modelasse essa região tivesse “caído”, deixando assim um “buraco” nessa região e ocupado um maior volume nos culotes, outra região de insatisfação da população feminina pelo acúmulo de gordura localizada.

Assim, ao encontrarmos uma silhueta corporal desarmônica, a indicação da lipoescultura do contorno posterior objetiva diminuir o volume de gordura localizada nessas diversas áreas e repor os volumes com enxerto de gordura onde é necessário. Se diminui o acúmulo de gordura na barriga e costas, para acentuar a cintura, e é enxertado gordura no bumbum e nas depressões laterais para um melhor contorno e aumento de volume de toda essa região, além de se diminuir também os culotes pela lipoaspiração. O resultado final desse procedimento não é percebido diretamente na balança, mas sim na silhueta da paciente, pois esta combinação de técnicas busca corrigir e moldar o contorno corporal posterior, em busca de maior harmonia e beleza.

A lipoescultura do contorno posterior muitas vezes ainda é associada a outros procedimentos locais para a melhora da celulite da região glútea e posterior da coxa. Ademais, nos casos em que não se consegue um volume adequado apenas com a enxertia de gordura ou naqueles casos em que a paciente realmente deseje um maior volume do bumbum podem ser utilizados implantes glúteos de silicone (prótese de glúteo), colocados através de uma pequena incisão no sulco interglúteo em posição intramuscular com resultados naturais e extremamente satisfatórios com técnicas atuais que permitem um baixo índice de complicações.

Muitas vezes estes procedimentos podem ser concomitantes a outras cirurgias de contorno corporal como lipoaspiração do abdômen, da região interna das coxas ou mesmo plástica abdominal com retirada de excesso de pele e estrias. Além disso, podemos, em casos selecionados e desde que respeitados os parâmetros de segurança, associarmos a lipoescultura do contorno posterior a cirurgias da mama, como aumento mamário com prótese de silicone, ou mesmo cirurgia de elevação ou redução mamária, o que proporciona em determinados casos um resultado ainda melhor. Assim, como em toda cirurgia plástica, o tratamento deve ser individualizado e planejado de acordo com a necessidade e anseio de cada paciente para permitir um resultado satisfatório, mantendo as curvas e os volumes arredondados que conferem a beleza do contorno corporal.

Conheça os perigos da “Hidrolipo”

A Hidrolipoaspiração – popularmente conhecida no Brasil como Hidrolipo, Lipolight ou Hidrolipotumescente – tornou-se um dos procedimentos estéticos mais procurados no país pelo baixo custo e aparente facilidade de realização. A técnica vem sendo divulgada, inclusive, como a “Lipo da Hora do Almoço” ou, ainda pior, “a nova sensação entre as top models americanas”. Ao contrário do que muitas pessoas pensam esta suposta “facilidade” e “simplicidade” está associada a um procedimento com inúmeros riscos realizado muitas vezes por profissionais não capacitados e em ambientes totalmente inadequados, como estéticas ou consultórios médicos sem a devida liberação da vigilância sanitária para tal.

Conceitualmente, a lipoaspiração nada mais é do que a retirada de gordura localizada por meio da aspiração da mesma após a devida infiltração de solução (soro fisiológico ou ringer lactato) com determinados fármacos (como anestésicos locais, adrenalina, hialuronidase, dentre outros). Assim, praticamente toda a Lipoaspiração é uma Hidrolipoaspiração. Podemos calcular ainda a quantidade de líquido a ser infiltrado em relação a quantidade de gordura que pretendemos retirar, sendo então dividas em técnicas úmida, superúmida ou mesmo tumescente. Na realidade, não temos nenhuma “novidade” aqui, muito pelo contrário, apenas variações de técnicas consagradas mundialmente.

Podemos ainda realizar procedimentos de lipoaspiração com o intuito de retirar quantidades bem menores de gordura, inclusive sob anestesia local em ambiente hospitalar, o que se difunde como minilipo ou lipo-light. Todas essas técnicas nada mais são do que variações de uma lipoaspiração convencional, mas com nomes mais “atraentes” e “enganosos”.

A “hidrolipo” é tida, muitas vezes, como uma alternativa mais econômica por ser realizada no próprio consultório para, assim, eliminar as despesas de hospital e anestesista. No entanto, este procedimento é dividido em etapas e cada uma tem um custo que se somado pode ultrapassar os custos de um procedimento tradicional. Isso tudo além de aumentar o risco pela maior exposição do paciente a sucessivos procedimentos.

Segundo uma resolução do Conselho Federal Medicina de 2003 que estabelece parâmetros de segurança que devem ser observados nas cirurgias de lipoaspiração, a técnica de lipoaspiração é válida e consagrada dentro do arsenal da Cirurgia Plástica, com indicações precisas para correções do contorno corporal em relação à distribuição do tecido adiposo subcutâneo.

As cirurgias de lipoaspiração não devem ter indicação para emagrecimento. Também há necessidade de treinamento específico para sua execução, sendo indispensável a habilitação prévia em área cirúrgica geral, de modo a permitir a abordagem invasiva do método, prevenção, reconhecimento e tratamento de complicações possíveis. Segundo a resolução, as cirurgias de lipoaspiração devem ser executadas em salas de cirurgias equipadas para atendimento de intercorrências inerentes a qualquer ato cirúrgico.

Assim, toda a lipoaspiração, mesmo com volumes pequenos de gordura a ser retirada, deve ser executada por profissional habilitado (Cirurgião Plástico credenciado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – SBCP e/ou Conselho Federal de Medicina – CFM ) e em ambiente adequado, ou seja, bloco cirúrgico devidamente equipado. A “hidrolipo” é uma lipoaspiração normal e requer todos cuidados necessários pré-operatórios, anestésicos e pós-operatórios. Sobretudo deve ser realizada por profissional habilitado. Confira SEMPRE se seu médico é realmente Cirurgião Plástico Especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Conselho Federal de Medicina.